Agência France-Presse
postado em 24/02/2012 17:20
México - As reformas estruturais, sobretudo trabalhistas, podem fazer a diferença para superar a crise econômica internacional, afirma um relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado nesta sexta-feira (24) no México."Uma agenda ampla e ambiciosa de reformas poderia estimular o crescimento do PIB anual até em média 1% nos próximos dez anos na OCDE", afirma o documento "Fazendo frente à Crise: as reformas estruturais podem fazer a diferença".
O relatório foi apresentado no México pelo secretário-geral da OCDE, o mexicano Angel Gurría, antes do início, no fim de semana, de uma reunião dos ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20, de olho na cúpula presidencial do grupo a ser celebrada em junho.
Gurría afirmou que "as reformas estruturais específicas em cada país podem fazer a diferença, especialmente no contexto de que os instrumentos fiscais e monetários estão praticamente esgotados".
A partir da crise financeira mundial, acelerou-se o processo de reformas estruturais especialmente na Europa, disse Gurría.
"A reforma de pensões realizada na Grécia reduziu as prestações para quem se aposentar antes dos 65 anos e a idade de aposentadoria vinculou-se à espectativa de vida. Na Espanha, reduziu-se o custo das demissões dos funcionários com contrato permanente", mencionou.
No que diz respeito à América Latina e em especial ao México, as reformas estruturais poderão elevar o crescimento do PIB até os 6%", disse.