Economia

Demanda por imóveis faz com que construtoras atrasem entregas

Empresas não dão conta do boom na construção de moradias e recorrem a artifícios em contratos para aumentar prazos de entrega. Em todo o país, cerca de 800 mil famílias sofrem com a longa espera por um lar

postado em 26/02/2012 08:19
Elisabeth, com as filhas Luísa e Bruna, amarga mais de 24 meses sem receber dois apartamentos: prejuízo de R$ 35 mil
A oferta farta de crédito imobiliário e o aumento no nível de emprego e de renda da população levaram o setor de construção civil a uma fase estupenda de crescimento. O Brasil nunca teve tantos canteiros de obras, tanto nas capitais quanto no interior. Tamanho entusiasmo, no entanto, foi acompanhado pelo despreparo das construtoras e pelo aumento no tempo de espera pelas chaves da tão sonhada casa própria. Estima-se que, em todo o país, pelo menos 800 mil famílias enfrentem atraso na entrega dos imóveis comprados na planta. Estudo da gerenciadora de obras Tallento mostra que, de dezembro de 2008 ao mesmo mês de 2011, a média de atraso saltou de dois meses e meio para quatro meses e nove dias. Mas são muitos os casos de obras que deveriam estar concluídas há mais de um ano.

Embora ocorram em todo o território nacional, os problemas são mais gritantes nas cidades com atividade imobiliária intensa, como Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Belém, Manaus e Salvador. A incapacidade das empresas do setor de cumprir os prazos estabelecidos em contrato frustrou os planos do casal de bancários Celso Gomes Cavados Filho, 30 anos, e Giselle Caroline Fernandes Cavados, 32. Quando eram noivos, compraram um apartamento de quatro quartos em Águas Claras, com previsão de entrega para novembro de 2010. Como apostavam em um atraso, na pior das hipóteses, de seis meses, marcaram o casamento para julho do ano passado. A precaução não foi suficiente.

Leia reportagem completa na edição deste domingo (26/02) do Correio Braziliense.

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