Economia

Consumidores tentam driblar os reajustes dos preços dos alimentos

postado em 08/03/2012 15:03
A constatação, revelada nesta quinta-feira (8/3) pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que aumentou, em média, 1% os preços dos alimentos no mundo, puxados pelo açúcar, cereais e óleos, também é percebida no Brasil. Em Brasília, donas de casa e pais de família reclamam da elevação das despesas domésticas devido ao aumento dos preços nos supermercados em geral.

A aposentada Maria José de Brito, de 57 anos, disse que o aumento foi geral ; de todas mercadorias que consume no seu dia a dia. ;O arroz e feijão é sagrado, todo santo dia tem que ter;, disse ela. ;A lentilha e o grão de bico também estão mais caros. Para driblar esse aumento, eu incremento na culinária: faço quibe [por exemplo] e coloco verduras.;

O funcionário público Olivério Oliveira, de 63 anos, concordou com Maria José e disse que a alternativa é fazer pesquisas de preços nos supermercados da cidade. ;O aumento foi geral. O [preço do] café dobrou, o feijão está muito caro, a arroz se manteve. Mas outros produtos, como os de limpeza, também dobraram o preço;, disse.

Oliveira faz suas recomendações para quem, como ele, tem de ir às compras com frequência. ;Compro em promoções. Mas [nem sempre] compensa porque é preciso ficar andando de mercado em mercado. Acho abusivo, porque os produtos aumentam, mas o salário não;.

A auxiliar de enfermagem Jaciara Almeida, de 40 anos, reclamou do preço da carne e segundo ela, a alternativa para economizar é escolher cortes mais baratos. ;A carne subiu bastante. Para economizar, estou comprando os cortes mais baratos. Compensa muito. Pego as promoções dos dias, por exemplo;, disse.

Elda Alves da Silva, 36 anos, que é acompanhante de idosos, disse que fica atenta aos anúncios sobre promoções dos supermercados. ;Quando tem promoção na televisão, eu corro e compro, porque senão não tem condição de manter a alimentação. Reparei que aumentou muito o café, o arroz, o feijão. Isso faz muita diferença no bolso;, disse ela.

A analista de sistemas Sheila Catherine disse que tira da sua lista de consumo os produtos que julga caros. ;Quando vou ao mercado e vejo que está mais caro que um outro, [simplesmente] não compro. Compro em outro [mercado] que esteja mais barato;, disse. Segundo ela, os produtos especiais, como aqueles que não têm glúten são ainda mais caros. ;Há uma diferença de preço muito grande entre os itens com e sem glúten. O pão sem glúten é bem menor que o normal.;

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