postado em 08/03/2012 18:00
Rio de Janeiro ; O Brasil deve diversificar as exportações para a China, alertou nesta quinta-feira (8/3) o embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney, durante evento na Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) no Rio de Janeiro.As exportações brasileiras para a China dependem basicamente de três commodities, que são a soja, o minério de ferro e o petróleo. O embaixador disse que o Brasil precisa passar a vender produtos agrícolas mais processados, como carnes, ou produtos manufaturados, de maior valor agregado.
;Não há nada de errado em exportar commodities;, disse Hugueney, mas ressaltou que ;o nosso dever de casa é trabalhar na diversificação da pauta e pensar em exportar mais produtos manufaturados para a China;.
O embaixador lembrou que o Brasil já exporta para a China os aviões da Embraer, um grande produto manufaturado. Segundo ele, a empresa brasileira detém mais de 75% do mercado da aviação regional chinês. Ele também lembrou do anúncio, nesta semana, do contrato entre a companhia BRF Foods com uma grande rede chinesa de carnes e outros produtos ;vai aumentar ainda mais a nossa presença no mercado chinês de carnes processadas, de frangos e de bovinos, onde o Brasil já tem uma posição de liderança;.
Hugueney disse que o governo brasileiro está trabalhando na diversificação da pauta, para dar um salto qualitativo. Ele deixou claro, porém, que esse não é um esforço só do governo.
Mesmo com a pauta de commodities, as exportações brasileiras para a China vêm aumentando ano a ano, gerando superávits significativos, como no ano passado, da ordem de US$ 11 bilhões.