Agência France-Presse
postado em 09/03/2012 16:23
Prince George - O presidente Barack Obama afirmou nesta sexta-feira (9/3) que a economia americana está se fortalecendo, depois da publicação de dados do emprego que mostram a criação de 220.000 novos postos de trabalho em fevereiro.Obama disse que o relatório assegura que agora virão dias melhores, durante uma visita a uma montada da Rolls Royce, que fabrica componentes para motores à reação, dentro de uma viagem a Virgínia (leste), um estado-chave para sua reeleição em novembro.
A taxa de desemprego permaneceu estável nos Estados Unidos em fevereiro, a 8,3%, segundo cifras oficiais publicadas nesta sexta-feira em Washington.
O país criou 227.000 empregos, mais do que perdeu, segundo o relatório do Departamento de Trabalho, superando as expectativas dos analistas, que previam 206.000 novos postos. Com isso, o país manteve um ritmo superior a 200.000 de novos postos criados pelo terceiro mês consecutivo.
Ao mesmo tempo, o Departamento revisou para cima, em um aumento de 17%, suas estimativas de criação de emprego para o mês de janeiro, para 284.000 postos de trabalho, o que gerou uma queda de 20% no número de empregos criados em fevereiro com relação ao mês anterior.
As cifras mostram que em fevereiro o emprego aumentou na maior parte dos setores, à exceção de comércio varejista, construção e serviço público. Neste último, a diminuição do número de empregos sofreu uma desaceleração considerável, para 6.000 pessoas no mês de fevereiro, contra 20.000 registradas de setembro a novembro.
O relatório indicou ainda que o salário médio subiu 0,1% com relação a janeiro. Em um ano, segundo dados oficiais, a alta do pagamento por hora foi de 1,9%, abaixo das últimas cifras inflacionárias (2,9% interanual no mês de janeiro).
Ao mesmo tempo, o déficit comercial dos Estados Unidos subiu fortemente em janeiro, alcançando seu maior nível desde outubro de 2008, segundo cifras oficiais publicadas nesta sexta-feira.
De acordo com dados corrigidos de variações sazonais, o saldo negativo alcançou 52,6 bilhões de dólares, como efeito da aceleração das importações, superando os 48,2 bilhões estimados pelos analistas.
O déficit comercial de dezembro foi revisado para cima, a 50,4 bilhões de dólares, contra uma estimativa anterior de 48,8 bilhões.
Em janeiro, o aumento das exportações foi de 1,4%, para 180,8 bilhões de dólares, um volume muito distante de compensar a alta das importações (%2b2,1%, a 233,4 bilhões).
Segundo o Departamento de Comércio, os Estados Unidos não importavam tantos bens (um total de 196,1 bilhões de dólares) desde julho de 2008, e nunca compraram tantos serviços (37,3 bilhões).
A balança comercial americana também foi desequilibrada uma vez mais pelas elevadas cotações do petróleo, cujos preços para o barril de petróleo importado seguiram pelo quarto mês consecutivo acima dos 100 dólares. Levando em conta apenas esse item, a maior economia do mundo apresenta um déficit comercial de 29,7 bilhões de dólares.
Contudo, os exportadores americanos continuam registrando resultados positivos. De acordo com o Departamento do Comércio, as exportações do setor de serviços, os bens de equipamentos e da indústria automotiva registraram máximas, segundo o Departamento de Comércio.