Economia

Empresários brasileiros são os mais otimistas da América, diz pesquisa

Agência France-Presse
postado em 13/03/2012 19:47
Panamá - Os empresários brasileiros têm as melhores projeções para a geração de empregos da América, segundo uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (13/3) por uma empresa de recursos humanos no Panamá.

O empresariado do Brasil conta com uma tendência líquida de criar empregos de 39% (diferença entre empresas que prevêem aumentar seu pessoal e as que preveem reduções), devido principalmente à Copa do Mundo de futebol e aos Jogos Olímpicos que serão disputados em 2014 e 2016, respectivamente, diz a pesquisa divulgada pela consultoria Manpower.

Quarenta e cinco por cento dos empregadores esperam contratar funcionários no próximo trimestre e 6% antecipam diminuição no ritmo de contratações.

"Muitos empregadores estão recrutando profissionais para atender a demanda da Copa de 2014, um evento que deve criar 700 mil empregos. Empregadores dos setores de Turismo, Logística e Engenharia já estão contratando para preencher posições estratégicas", disse Riccardo Barberis, CEO da Manpower Brasil.

"Como os empregadores esperam manter uma grande atividade de contratações no próximo trimestre, eles também estão preocupados com a crescente escassez de talentos. Encontrar as pessoas certas com as habilidades certas é um dos maiores desafios no mercado de trabalho brasileiro e este desequilíbrio entre oferta e demanda pode contribuir para inflacionar salários no futuro."

No ranking, o Brasil é seguido por Peru (27%), Colômbia (18%), Costa Rica (17%), Panamá (16%), México (15%), Guatemala (15%), Argentina (14%), Canadá (13%) e Estados Unidos (10%).

Os Estados Unidos, por sua vez, têm as melhores projeções para a criação de empregos dos últimos três anos, apesar de serem as piores perspectivas para o segundo trimestre na comparação com os demais países americanos.

Os empresários americanos têm 10% de tendência líquida de criar empregos no segundo trimestre do ano, a perspectiva mais alta desde o fim de 2008. "O aumento de empregos custou muito aos Estados Unidos nos últimos anos. No entanto, cada vez mais conseguiram de alguma forma estabilizar sua economia", disse Eric Quesada, executivo da Manpower.

Esta projeção de empregos ocorre, segundo Quesada, devido "aos planos que o governo de (Barack) Obama está fazendo no sentido de desenvolver empregos nos Estados Unidos", o que fez com que houvesse "a mais alta tendência da espectativa de geração de novos empregos nos últimos três anos". Essa tendência de 10% é dois pontos superior à do segundo trimestre de 2011, em uma economia que em 2009 apenas projetava perspectivas de emprego positivas.

Ainda assim, os Estados Unidos são o país do continente com a perspectiva mais fraca, segundo esta pesquisa (com 3,9% de margem de erro) que consultou 30.000 diretores de RH de empresas de 10 países das Américas.

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