Economia

Bancos preveem crescimento econômico moderado em relação ao ano passado

postado em 21/03/2012 18:07
São Paulo ; Os bancos esperam um crescimento moderado da economia este ano e inflação acima do centro da meta estabelecida pelo governo. É o que apontou uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (21/3) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Os 31 analistas de instituições financeiras ouvidos pela entidade projetaram, na média, uma expansão de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, com inflação fechando o ano em 5,3%. A meta de inflação do Banco Central para 2012 e 2013 é 4,5%, com tolerância de variação de dois pontos percentuais.

;O que a gente observa é uma certa estabilização em torno desse número [3,3%], que aponta para um crescimento moderado da atividade econômica em relação ao ano passado;, resumiu o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, sobre as previsões. Para 2013, a expectativa dos bancos aponta para uma atividade econômica mais forte, com crescimento do PIB de 4,2% e inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegando a 5,5%.

Segundo Sardenberg, as estimativas estão ligadas à conjuntura internacional, com a superação gradual da crise que afetou os países mais ricos. ;Ainda estamos falando de números muito fracos de crescimento na Europa e uma recuperação apenas moderada nos Estados Unidos. E essas últimas notícias em torno da China, apontando para um crescimento menor;, destacou.

Em relação ao mercado de crédito, a estimativa é crescimento de 16,6%. A expansão mais forte deve se concentrar nos empréstimos com recursos direcionados (17,9%). Na avaliação de Sardenberg, parece haver um estabilização das expectativas nesse patamar, que indica cautela tanto dos bancos como dos tomadores de crédito. ;É um crescimento em relação ao ano passado, uma expansão das operações, mas não é uma trajetória de crescimento explosivo;, ponderou.

A previsão das instituições financeiras é que a taxa básica de juros (Selic) chegue ao fim de 2012 em 9% ao ano, com o dólar cotado em R$ 1,76. Para Sardenberg, a estimativa dos juros já leva em consideração a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

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