Economia

China quer que países emergentes tenham mais participação no Banco Mundial

postado em 26/03/2012 11:04
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Hong Lei, defendeu nesta segunda-feira (26/3) que os países emergentes tenham mais participação no Banco Mundial. O apelo foi feito às vésperas da 4; Cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), na Índia, que começa quinta-feira (29). Para os chineses, os emergentes têm condições de comandar a instituição. Na disputa pela presidência do Banco Mundial estão um norte-americano, um colombiano e um nigeriano.

;A voz dos países em vias de desenvolvimento deve ser ouvida, [o que vai] assegurar a representatividade no Banco Mundial e em outras instituições financeiras internacionais;, ressaltou Hong Lei.

O atual presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, conclui o mandato de cinco anos em 30 de junho, e já anunciou que não tentará a reeleição. Os candidatos para o cargo são Jim Yong Kim, dos Estados Unidos, Jose Antonio Ocampo, da Colômbia, e Ngozi Okonjo-Iweala, da Nigéria.

A escolha do presidente será feita por consenso em abril. Há indicações de que os Estados Unidos detêm a maioria dos votos na instituição. ;O líder do Banco Mundial e de outras instituições financeiras devia ser selecionado com base nos princípios da justiça, abertura e transparência;, disse o porta-voz, lendo um comunicado emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

Tradicionalmente, os dirigentes do Banco Mundial, nos últimos 70 anos, são norte-americanos. Situação semelhante ocorre no Fundo Monetário Internacional (FMI), que nas últimas décadas teve presidentes de origem europeia. No entanto, os líderes de economias em desenvolvimento e organizações não governamentais pressionam para mudar essa situação.

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