Economia

CUT lança campanha contra cobrança obrigatória do imposto sindical

postado em 26/03/2012 17:49
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) lançou nesta segunda-feira (26/3), em Campinas (SP), uma campanha nacional contra o imposto sindical. Segundo o presidente da CUT, Artur Henrique, a base da campanha é a proposta de um plebiscito nacional para saber a opinião dos trabalhadores sobre a cobrança obrigatória do imposto que, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, recolheu R$ 2,5 bilhões no ano passado.

;Historicamente, a CUT é contra o imposto sindical. Quando fundamos nossa central sindical, já nos colocávamos contra esse imposto e essa estrutura sindical que mantém sindicatos sem representatividade e sindicatos de gaveta;, disse Artur Henrique à Agência Brasil.

Para marcar o lançamento da campanha, a CUT fez uma assembleia, hoje, em Campinas, onde conseguiu coletar cerca de 300 assinaturas contra a cobrança do imposto, que é descontado uma vez por ano de todos os trabalhadores com carteira assinada do país. O desconto é feito sempre no mês de março, independentemente de o trabalhador ser sócio ou não do sindicato da categoria.

;Depois ainda tem uma taxa, que é a taxa confederativa, e a contribuição assistencial. Está cheio de taxas a serem cobradas dos trabalhadores e nem sempre os sindicatos dão retorno no sentido de atuar ou representar bem o interesse dos trabalhadores;, ressaltou o presidente da CUT.

A campanha é pela aprovação uma lei que deixe por conta dos próprios trabalhadores a decisão de contribuir com o sindicato representativo de sua categoria. ;Ou seja, além da mensalidade sindical, só teria mais uma taxa que seria estabelecida em negociação coletiva, sem interferências dos estados ou dos governos;, ressaltou.

;Queremos falar com o máximo possível de trabalhadores e trabalhadoras em todo o Brasil. Vamos fazer [a campanha] em praças públicas, shoppings, locais de grande concentração e nas bases dos trabalhadores, em seus locais de trabalho;, disse Artur Henrique.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação