Vânia Cristino/ Especial Estado de Minas
postado em 28/03/2012 07:30
O governo tem razão ao forçar a barra para os bancos diminuírem o lucro que obtêm mediante a concessão de crédito. As instituições financeiras andam abusando dos consumidores. Mesmo com a queda da taxa de captação ; juros pagos os clientes que têm dinheiro para aplicar ;, as instituições aumentaram o spread (a diferença entre o que remuneram e o que recebem pelos financiamentos).Com isso, estão ganhando mais na hora de emprestar os recursos. A consequência não podia ser outra: taxas de juros elevadas e inadimplência que não dá sinal de recuo. Os dados divulgados ontem pelo Banco Central não deixam dúvidas. Sob a alegação de que a inadimplência resiste em mudar de patamar ; para as pessoas físicas, o percentual permaneceu em 7,6% em fevereiro ;, os bancos puxaram a taxa de juros para os consumidores de 45,1% ao ano em janeiro para 45,4% ao ano em fevereiro. Num cenário de queda da taxa Selic e de recuo no custo de captação (em 0,6 ponto percentual de um mês para o outro), a alta do spread bancário foi ainda mais expressiva: 0,9 ponto percentual na mesma base de comparação.