Economia

Benefício da desoneração da folha de pagamentos é ampliado a três setores

postado em 28/03/2012 16:09
Brasília ; O ministro da Fazenda, Guido Mantega, discutiu, nesta quarta-feira (28/3), com mais três setores produtivos, mudanças para aquecer a economia e ajudar a indústria diante da crise econômica internacional. Uma das medidas estudadas altera a política de desoneração da folha de pagamento. O anúncio está previsto para a próxima terça-feira (3/4) e será feito em cerimônia, no Palácio do Planalto, conforme Mantega informou a parlamentares e empresários que estiveram reunidos com ele nesta quarta.

No caso da desoneração da folha, o acordo é para que a alíquota do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) seja reduzida de 20% para zero, e o empresariado opte pelo recolhimento de algo como 1% no faturamento. Pelo Plano Brasil Maior, a alíquota que vinha sendo adotada até agora, para alguns setores, chegava a 1,5%.

O empresário Humberto Barbato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), defendeu as medidas que, segundo ele, são fundamentais para que a produção nacional possa ganhar competitividade ante os produtos importados, que cada vez mais chegam ao país com preços inferiores aos do mercado interno. O baixo preço é provocado pelo dólar que, mais barato do que o real, entra no país atraído pelas altas taxas de juros e também por causa de mecanismos que provocam uma desvalorização artificial das moedas estrangeiras.

Ao contrário do que anunciaram representantes de outros setores que têm negociado com o governo, o representante da Abinee disse que Mantega não pediu a garantia da manutenção dos empregos em contrapartida aos benefícios à indústria. ;Não houve nenhuma exigência de contrapartida até porque nós estamos tão sufocados que essas medidas chegariam em um momento em que a indústria está na UTI [unidade de terapia intensiva]. Tudo praticamente está sendo importado. Não há como a gente dar alguma coisa em troca neste instante;, disse Barbato.

Mas é certo que o governo espera como resultado não só fazer com que as empresas retomem níveis de competitividade, mas também quer desafogar o setor para que sobrem recursos para investimentos.

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