Economia

Greve dos rodoviários no Rio de Janeiro afeta 1,3 milhão de pessoas

postado em 29/03/2012 17:14
Rio de Janeiro ; Pelo menos 1,3 milhão de pessoas são afetadas pela greve dos rodoviários nos municípios de Niterói, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí e Tanguá, na região metropolitana do Rio. De acordo com o diretor do Sindicato dos Rodoviários de Niterói, Wilson Costa, a paralisação iniciada na madrugada desta quinta-feira (29/3) deve continuar por tempo indeterminado, caso os donos das empresas não apresentem uma contra-proposta que seja razoável a todos os trabalhadores da categoria.

Costa diz que a adesão da greve é de 90% nas cinco cidades. ;O salário que eles estão oferecendo ao rodoviário hoje é um salário de fome. Esperamos por uma resposta boa dos patrões. Se eles decidirem dar até 15% a categoria volta;.

Segundo o superintendente do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio (Setrerj), Márcio Barbosa, as empresas tem feito um esforço muito grande para colocar os ônibus nas ruas. Ele afirma que algumas empresas estão apanhando os seus funcionários em casa, já que o pequeno número de veículos circulando nas ruas faz com que os empregados não consigam chegar ao local de trabalho. Barbosa ressalta que a entidade obteve decisão judicial para a manutenção de 40% da frota, percentual que até o momento não foi alcançado.

;O esforço que as empresas estão fazendo é para colocar os carros na rua. E para isso nós estamos utilizando de todas as alternativas. Infelizmente o motorista não está conseguindo chegar na garagem para retirar o carro e começar a trabalhar;, justifica. Barbosa disse ainda que a paralisação tem sentido político e não salarial.

Os profissionais reivindicam um reajuste de 16% sobre o do atual salário e pedem ainda que o valor da cesta básica sofra um aumento de 50%. Já as empresas oferecem um aumento salarial de 10%, percentuais, índice acima do reajuste tarifário, que foi de 5,6%. A cesta básica sofreria um reajuste de 25%. A proposta foi aceita pelos rodoviários que atuam nos municípios do Rio e de Duque de Caxias, mas recusada pela categoria da região metropolitana do estado.

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