Economia

Argentina ratifica política comercial diante de críticas na OMC

Agência France-Presse
postado em 30/03/2012 19:58
Buenos Aires - O governo argentino ratificou sua política comercial externa depois de críticas por obstáculos às importações apresentadas por diversos países na Organização Mundial de Comércio (OMC), em um comunicado da Chancelaria esta sexta-feira (30/3).

"A Chancelaria argentina reitera que o governo continuará exercendo a decisão soberana em suas políticas comerciais que levaram ao maior crescimento econômico de nossa história e cumprindo com as normas da OMC, mas rejeitando qualquer tipo de ingerência externa", disse a nota.

A nota acrescenta que o governo "vê com surpresa a insistência dos países que continuam levantando barreiras comerciais artificiais para dificultar a entrada de produtos agroindustriais dos países em desenvolvimento".

Esses países, indica o documento, "exercem pressões políticas para obrigar" as nações em desenvolvimento "a receber a produção de bens que seus mercados domésticos não podem absorver pela situação econômica que atravessam desde 2008 e que são as verdadeiras barreiras para a construção de um sistema econômico multilateral mais equilibrado", diz o comunicado.

Estados Unidos, União Europeia, Austrália, Israel, Japão, Coreia do Sul, Nova Zelândia, Noruega, Panamá, Suíça, Taiwan, Tailândia e Turquia expressaram ante a OMC "suas preocupações contínuas e crescentes sobre a natureza e a aplicação de medidas restritivas para o comércio tomadas pela Argentina".

A Chancelaria destaca em seu comunicado que "importantes sócios comerciais da Argentina, como os países do Mercosul, a grande maioria dos países latino-americanos, China, Rússia e Índia não assinaram essa declaração".

Também diz que chama a atenção que nenhum dos signatários tenha "apresentado um caso pontual no qual a Argentina tenha descumprido as regras da OMC" e que "baseiam suas reclamações em vagas versões publicadas pela imprensa local (argentina)".

Algumas das medidas adotadas pelo governo de Cristina Kirchner geraram atritos com seus sócios do Mercosul, Brasil, Uruguai e Paraguai, e protestos de câmaras empresariais.

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