Agência France-Presse
postado em 03/04/2012 16:03
Madri - O governo espanhol apresentou nesta terça-feira (3/4) ao Parlamento seu orçamento para 2012, considerado o mais rígido da história do país, que enfrenta um desemprego galopante e um forte crescimento de sua dívida pública.
A dívida passará dos 68,5% do PIB ao final de 2011 para 79,8% ao final de 2012, um nível que, apesar de muito alto, ainda está abaixo da média da Eurozona, que é de 90,4%, disse o Ministério, em meio à visita ao Congresso do ministro da Fazenda, Cristobal Montoro, para apresentar o projeto de orçamento.
Estes orçamentos "respondem ao gravíssimo momento econômico que está atravessando a Espanha" e estão "absolutamente comprometidos com a correção para baixo do déficit" espanhol, que registrou 8,51% em 2011, para os 5,3% do PIB acordados com Bruxelas para este ano, principal meta do governo, afirmou Montoro.
"O desafio destes orçamentos é recuperar a confiança dos sócios europeus na Espanha, recuperar a confiança dos investidores", disse Montoro, ao apresentar um projeto que prevê um ajuste de 27,300 bilhões de euros com aumento de impostos e corte de gastos.
"O maior problema de Espanha é o financiamento da economia, o alto endividamento de nossa economia frente ao resto do mundo", disse Montoro. "Um endividamento alimentado pelo déficit", completou.
"Os juros para financiamento subiram, mas continuam sendo baixos. O que tem aumentado muito é o gasto da dívida com o déficit", disse à AFP José Carlos Díez, economista-chefe da corretora Intermoney.
Por isso, diz Díez, o ministro (Montoro) afirma ser preciso parar o déficit. "A Espanha não possui um problema de dívida, mas sim um problema de déficit que cresce muito rápido", afirmou o economista.
A Espanha destinará 28,848 bilhões de euros ao pagamento dos juros da dívida, o que representa 2,71% do PIB, muito abaixo dos países com dificuldades como Irlanda o Portugal.
O governo prevê reduzir em 2012 em 30% sua necessidade de endividamento, mas os juros da dívida e outros custos financeiros já pesam bastante sobre as finanças públicas, também influenciadas pelo pedidos de auxílio-desemprego.
O desemprego continuou subindo na Espanha em março, situando-se nos 4,75 milhões de desempregados, e pode sofrer um incremento de 9,63% interanual, afirmaram as cifras publicadas nesta terça-feira pelo Ministério do Emprego.
Sem seu motor econômico, a construção, o país chegou à taxa de desemprego mais elevada dos países industrializados: segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), que utiliza um método de cálculo diferente, esta taxa ficou em 22,85% ao final de 2011.
A Espanha destinará mais de 28,500 bilhões de euros ao pagamento de auxílio-desemprego, o que significará 5,4% menos que em 2011, segundo o projeto de orçamentos.
A dívida passará dos 68,5% do PIB ao final de 2011 para 79,8% ao final de 2012, um nível que, apesar de muito alto, ainda está abaixo da média da Eurozona, que é de 90,4%, disse o Ministério, em meio à visita ao Congresso do ministro da Fazenda, Cristobal Montoro, para apresentar o projeto de orçamento.
Estes orçamentos "respondem ao gravíssimo momento econômico que está atravessando a Espanha" e estão "absolutamente comprometidos com a correção para baixo do déficit" espanhol, que registrou 8,51% em 2011, para os 5,3% do PIB acordados com Bruxelas para este ano, principal meta do governo, afirmou Montoro.
"O desafio destes orçamentos é recuperar a confiança dos sócios europeus na Espanha, recuperar a confiança dos investidores", disse Montoro, ao apresentar um projeto que prevê um ajuste de 27,300 bilhões de euros com aumento de impostos e corte de gastos.
"O maior problema de Espanha é o financiamento da economia, o alto endividamento de nossa economia frente ao resto do mundo", disse Montoro. "Um endividamento alimentado pelo déficit", completou.
"Os juros para financiamento subiram, mas continuam sendo baixos. O que tem aumentado muito é o gasto da dívida com o déficit", disse à AFP José Carlos Díez, economista-chefe da corretora Intermoney.
Por isso, diz Díez, o ministro (Montoro) afirma ser preciso parar o déficit. "A Espanha não possui um problema de dívida, mas sim um problema de déficit que cresce muito rápido", afirmou o economista.
A Espanha destinará 28,848 bilhões de euros ao pagamento dos juros da dívida, o que representa 2,71% do PIB, muito abaixo dos países com dificuldades como Irlanda o Portugal.
O governo prevê reduzir em 2012 em 30% sua necessidade de endividamento, mas os juros da dívida e outros custos financeiros já pesam bastante sobre as finanças públicas, também influenciadas pelo pedidos de auxílio-desemprego.
O desemprego continuou subindo na Espanha em março, situando-se nos 4,75 milhões de desempregados, e pode sofrer um incremento de 9,63% interanual, afirmaram as cifras publicadas nesta terça-feira pelo Ministério do Emprego.
Sem seu motor econômico, a construção, o país chegou à taxa de desemprego mais elevada dos países industrializados: segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), que utiliza um método de cálculo diferente, esta taxa ficou em 22,85% ao final de 2011.
A Espanha destinará mais de 28,500 bilhões de euros ao pagamento de auxílio-desemprego, o que significará 5,4% menos que em 2011, segundo o projeto de orçamentos.