Economia

Empresas de construção civil apostam tudo na classe média neste ano

postado em 05/04/2012 08:00
Diante de um 2011 fraco, as empresas de construção civil estão reavaliando suas operações e vão apostar tudo na classe média neste ano. De sete empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BMF), cinco apresentaram resultado aquém do esperado. Duas delas, exatamente as focadas na classe C, a MRV e a Eztec, apresentaram lucro maior que em 2010. Para empresários e especialistas, a troca dos clientes abastados por esses consumidores deve devolver o dinamismo ao mercado, sobretudo nos empreendimentos de até R$ 500 mil. Imóveis até este valor podem ser financiados pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), uma poupança que é formada obrigatoriamente pelo trabalhador com carteira assinada e que pode ser usada na compra do imóvel.

Segundo empresários, 50% dos empreendimentos no país são destinados para a classe média, percentual que deve aumentar nos próximos meses. A população de baixa renda consome de 15% a 20% e, a de alta, de 10% a 15%. Até meados de 2011, as operações com clientes abastados representavam 30% dos negócios do setor. ;Durante os últimos quatro anos, a Brookfield Incorporações permaneceu focada em mercados seletivos e com portfólio balanceado, mantendo a renda média como principal público-alvo, uma abordagem que está se mostrando acertada;, observou Nicholas Reade, presidente da Brookfield. ;Esses empreendimentos focados na classe média têm maior liquidez;, ponderou Cristiano Gaspar Machado, diretor executivo financeiro da companhia. A empresa, porém, foi afetada pelo esfriamento do setor e registrou recuo de 10,1% no lucro líquido.

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