postado em 11/04/2012 17:51
Rio de Janeiro ; Um acordo assinado nesta quarta-feira (11/4) entre o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), e o Escritório Europeu de Patentes (EPO) vai facilitar a proteção da criação brasileira. A cooperação prevê troca de documentos de patentes em português e inglês a partir de um sistema de tradução automática disponível no site do parceiro europeu.Como conseqüência do acordo, assinado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o Inpi e o EPO farão road shows pelo Brasil convidando empresas de todos os portes e universidades a protegerem suas patentes no exterior.
Falando à Agência Brasil, o presidente do Inpi, Jorge Ávila, manifestou convicção de que o acordo poderá estimular crescimento ainda maior nos pedidos de patentes de empresas e pesquisadores brasileiros na Europa, que já aumentaram 8,9% entre 2010 e 2011. ;A gente ficaria muito contente com esse número crescendo, nos próximos anos, na casa dos 20% a 25% ao ano;.
O presidente do Inpi reconheceu que os brasileiros, de modo geral, ainda protegem pouco suas invenções no exterior, em relação ao potencial existente. Por isso, ressaltou que o acordo criará um ambiente cada vez mais simplificado para que criadores e empresários nacionais depositem suas patentes no mercado internacional.
;O sistema permite que você, com facilidade, tenha a tradução dos documentos completos de patentes para o idioma português, o que facilita a vida de todo mundo que precisa ter esses documentos, até para saber se o seu invento é de fato algo novo, que pode ser patenteado e em que condições;, afirmou.
O dirigente esclareceu que o instituto europeu vem renovando acordos de cooperação com o Inpi há muitos anos. ;É o nosso principal parceiro tecnológico;. Foi o EPO, de acordo com Ávila, que permitiu ao instituto brasileiro construir as bases dos principais sistemas que agilizam o exame de patentes. ;A automação dos exames de patentes no Brasil, em grande medida, é devido à contribuição técnica do EPO;, declarou.
Segundo Ávila, o uso de ferramentas eletrônicas desenvolvidas com apoio do parceiro europeu contribuiu para aumentar a produtividade do Inpi no exame de patentes recebidas do exterior. Além disso, o EPO provê ao instituto brasileiro acesso aos sistemas mais modernos de consulta aos bancos de dados de patentes e a todos os sistemas que permitem a automação de um escritório de exame de patentes.
O Inpi e o EPO estão trabalhando também em outros campos do interesse das empresas e dos usuários. ;A gente está tentando fazer com que os empresários brasileiros entendam o sistema internacional de patentes e que protejam suas invenções não apenas no Brasil, mas também nos principais mercados;, disse o presidente do Inpi.