postado em 12/04/2012 11:10
Depois da pressão da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que entregou no início desta semana uma lista com pelo menos 20 exigências para poder reduzir juros, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, endureceu o discurso e afirmou na manhã desta quinta-feira (12/4) que as instituições financeiras do país estão entre as mais lucrativas do mundo e, portanto, têm margem para diminuir as taxas de juros cobradas nas linhas de financiamento.[SAIBAMAIS];Os consumidores estão com vontade de consumir. Estão com mais salário. Porém, está havendo uma retenção de crédito por parte dos bancos. Os bancos privados não estão liberando crédito e estão cobrando spreads (diferença entre o que as instituições pagam aos investidores e cobram dos devedores) muito elevados. A taxa de captação é de, no máximo, 9,75% ao ano. Estão captando a 9,75% e emprestando a 30%, 40%, 50% ou 80% ao ano dependendo das linhas de crédito. Essa situação não se justifica", criticou Mantega.
Ele afirmou que gostaria que os bancos privados participassem do movimento iniciado pelo Banco do Brasil e pela Caixa, que anunciaram redução de juros nas linhas de crédito ao consumidor. ;Não tenho nenhum interesse que sejam só os bancos públicos. Agora, não vou deixar a economia sem crédito. Não vamos deixar a economia frustrar as taxas de crescimento por falta de crédito;, disse.