Economia

Crescimento trimestral da China atinge o menor nível em três anos

Agência France-Presse
postado em 13/04/2012 08:34
Pequim - A economia da China registrou no primeiro trimestre de 2012 o menor nível de crescimento em três anos, afetada pela redução das exportações - que sofrem os efeitos da crise da dívida na Europa - e pela insuficiente dinamização do mercado interno. O Produto Interno Bruto (PIB) da segunda maior economia mundial cresceu 8,1% no período janeiro-março em ritmo anual, na quinta redução trimestral consecutiva do ritmo de crescimento. O resultado é o menor desde o segundo trimestre de 2009, em plena tempestade financeira mundial, quando o PIB chinês avançou 7,9%.

Em 2011, o crescimento da economia chinesa caiu de 9,7% no primeiro trimestre para 8,9% no quarto. Contudo, afirmou que a tendência se assemelha cada vez mais a uma consolidação lenta e não a uma desaceleração "brutal" como em 2008-2009". O governo chinês, que nos anos anteriores tinha uma meta de crescimento do PIB de 8%, a reduziu este ano para 7,5%.

Os analistas são otimistas sobre a evolução da economia chinesa nos próximos meses, em particular após anunciar um elevado volume de novos empréstimos concedidos pelos bancos chineses durante o mês de março. Contudo, a economia chinesa continua essencialmente impulsionada pelos investimentos, apesar da anunciada vontade do governo de dar mais peso ao consumo das famílias.

Os exportadores chineses sofrem, por outro lado, os efeitos da crise na União Europeia (UE), seu maior consumidor. No primeiro trimestre, os intercâmbios com a UE cresceram apenas 2,6%. Graças a uma tendência de queda da inflação na China - apesar de uma alta do índice de preços em março de 3,6%, contra 3,2% em fevereiro - o governo chinês dispõe ainda de uma margem de manobra para flexibilizar sua política monetária, com o objetivo de estimular a atividade.

Como efeito, essas cifras de crescimento "impulsionarão a China a realizar esta flexibilização, provavelmente reduzindo as reservas obrigatórias dos bancos" e permitir-lhes assim maiores empréstimos, disse Liao Qun, economista para China do Citi Bank International em Hong Kong.

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