postado em 14/04/2012 08:00
A presidente Dilma Rousseff voltou ontem a cobrar abertamente dos bancos privados que cortem as taxas cobradas dos consumidores, explicitando que o assunto se tornou uma questão de honra para o governo. Em discurso de improviso para centenas de empresários na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, ela disse que o Brasil precisa colocar os juros e os spreads (lucros) bancários no ;nível dos padrões internacionais do custo de capital;. Segundo a presidente, o elevado custo do dinheiro é um dos principais entraves ao desenvolvimento brasileiro sustentável e duradouro, ao lado do câmbio valorizado, do peso da carga tributária sobre a produção e da dificuldade de gerar inovação.A fala de Dilma, que arrancou aplausos da plateia, ocorreu um dia após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter criticado a resistência dos bancos em baratear o crédito e às vésperas de nova reunião do Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), para avaliar a taxa básica de juros (Selic). Ela também foi aplaudida ao dizer que seu ;governo está comprometido com uma indústria forte; e que, ao contrário de analistas, ;o futuro não está apenas no setor de serviços;. ;Países que foram nesta trilha estão buscando caminho de volta;, alertou.