postado em 16/04/2012 13:24
O Brasil declarou apoio oficial à candidatura da ministra das Finanças da Nigéria, Ngozi Okonjo-Iweala, para a presidência do Banco Mundial (Bird). Ela está na disputa com o americano Jim Yong Kim para suceder o atual presidente, Robert Zoellick. ;A nossa escolha privilegiou a capacidade da candidata. Pelas análises de currículo e conversas que tivemos com a ministra Ngozi, ela me pareceu mais habilitada para exercer o cargo. Ela tem mais experiência, tem uma experiência também com países pobres, o que é muito importante para o banco. Afinal de contas, ele o tem objetivo de atacar a pobreza e ajudar os países emergentes;, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.[SAIBAMAIS]De acordo com Mantega, embora essa não seja uma posição conjunta dos Brics (grupo que reúne, além do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), seja quem for o vencedor, os emergentes vão cobrar que o novo presidente leve adiante as reformas do Banco Mundial. ;Os Brics não reuniram consenso. Houve uma liberação. Cada um vai decidir de acordo com a sua avaliação. Porém, os Brics continuam unidos na tese de que o Banco Mundial deve levar adiante as reformas. Seja quem for o vencedor, vamos cobrar que leve avante as reformas. Caso contrário, não haverá envolvimento dos emergentes;, disse o ministro.
Mantega ressaltou ainda que o Bird tem como objetivo atacar a pobreza e ajudar os países emergentes mais pobres. Além disso, afirmou que, ao longo dos últimos 40 anos, foi dirigido por pessoas indicadas pelos países ricos, pelos Estados Unidos. ;Não houve grandes progressos na melhoria da situação dos países pobres. Tem que ter uma ação mais forte, determinada;, disse. ;Não vi comprometimento firme de Kim em levar adiante reformas de vozes e de votos no Bird", acrescentou.
Questionado sobre os números do Banco Central que mostram retração do Produto Interno Bruto (PIB) em fevereiro, segunda queda consecutiva, Mantega disse que comentará os resultados mais tarde. Também está na pauta a desaceleração na criação de vagas de emprego e a votação da Resolução 72, que visa combater a chamada guerra dos portos.