Agência France-Presse
postado em 16/04/2012 13:54
México - A América Latina está em uma situação privilegiada no contexto das atuais incertezas econômicas globais, mas deve avançar na integração comercial, que está ainda em um nível muito abaixo de regiões como Ásia ou Europa, disseram organizadores do Fórum Econômico Mundial da América Latina, que terá início nesta terça-feira (16/4), no México.Paralelamente ao Fórum, esta semana se celebrará no balneário de Puerto Vallarta, localizado no Pacífico, uma reunião entre ministros de Comércio e Economia do G20 para discutir a luta contra a corrupção. A diretora da América Latina para o Fórum Econômico Mundial, Marisol Argueta, afirmou que a América Latina está em uma situação privilegiada com muita disciplina fiscal, controle do gasto público e dos níveis de endividamente, após alguns países da região experimentarem no passado dolorosas crises econômicas. Contudo, Maril disse que podem ser feitos mais esforços para promover um intercâmbio intrarregional mais forte, que é de 20% entre os países latino-americanos, comparado com 46% aproximadamente dos países asiáticos e 67% entre os países europeus".
O fórum acontece um mês depois de o Brasil, a maior economia regional, conseguir renegociar com o México o acordo bilateral para limitar o comércio de veículos entre ambos países, sendo que o mesmo pedido foi feito depois pela Argentina. Segundo Marisol, a região possui desafios comuns como a simplificação das regulamentações e da segurança jurídica, condições relevantes para a competitividade. O Fórum Econômico Mundial na América Latina, que acontece de 17 a 18 de abril, reunirá o presidente da Espanha, Mariano Rajoy; da Guatemala, Otto Pérez; do Panamá, Ricardo Martinelli; do Suriname, Desi Bouterse; e do México, Felipe Calderón. No encontro também participarão 900 empresários, funcionários, acadêmicos e líderes de opinião de 71 países.
Ao término do Fórum Econômico Mundial regional, será realizada a reunião do G20 com a participação de 19 ministros da Economia e Comércio e seis vice-ministros das principais economias do mundo. Outras sete nações foram convidadas para o evento: Peru, Camboja, Espanha, Chile, Colômbia, Nova Zelândia e Singapura, além dos secretários-gerais da Organização Mundial de Comércio, Pascal Lamy, e da Organização para o Comércio e Desenvolvimento Econômico, José Ángel Gurría.
O subsecretário de Comércio Exterior do México, Francisco Rosenzweig, afirmou que as economias do G20 estão comprometidas com a abertura de mercados e com um sistema multilateral de comércio baseado em regras claras e justas como a única via de saída ante os desafios econômicos vigentes. Trata-se da primeira reunião de ministros de Comércio que acontece no G20 antes do encontro que será realizado em junho em Los Cabos, no noroeste do México, disse o funcionário mexicano.