Economia

Expropriação é forma de disfarçar a crise, diz presidente da Repsol YPF

Agência France-Presse
postado em 17/04/2012 09:39

Madri - O governo de Cristina Kirchner decidiu expropriar 51% da YPF, filial argentina do grupo espanhol Repsol, para "tapar" a crise social e econômica que o paíse enfrenta, afirmou o presidente da empresa, o espanhol Antonio Brufau. Segundo Brufau, ao "levantar a bandeira" da expropriação e buscar um responsável na YPF, o governo argentino esconde a realidade. Para o presidente da Repsol, a atuação da Argentina não é própria de um país moderno.

[SAIBAMAIS]A Repsol pedirá em uma arbitragem internacional uma compensação de mais de 10 bilhões de dólares. A empresa espanhola calculou sua participação de 57,4% na YPF em US$ 10 bilhões. Brufau disse ainda que a campanha contra a empresa nas últimas semanas na Argentina foi "calculadamente planejada para provocar a queda da ação da YPF e facilitar a expropriação" com preço reduzido.

O governo argentino acusou a empresa de não cumprir os compromissos de investimentos no país. Kirchner enviou na segunda-feira ao Congresso um projeto de lei para declarar 51% da YPF de utilidade pública. O ministério de Assuntos Exteriores espanhol convocou nesta terça-feira o embaixador argentino em Madri, Carlos Bettini, após a decisão do governo de Cristina Kirchner. Esta é a segunda convocação de Bettini em quatro dias.

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