Economia

América Latina e Caribe terão leve aumento de crescimento em 2012, diz FMI

Agência France-Presse
postado em 17/04/2012 13:57
Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou nesta terça-feira (17/4) em leve alta o crescimento para a América Latina e o Caribe em 2012 e o situou em 3,7% (3,6% em janeiro), seguindo o modesto avanço em nível mundial. Para 2013, a região crescerá 4,1%, em uma tendência ascendente que demonstra sua solidez, apesar do ambiente global complicado com ameaça de recessão na Europa e crescimento muito discreto (2,1%) projetado para os Estados Unidos.

O Fundo estima um crescimento mundial de 3,5%, também em linha ascendente frente aos 3,3% projetados em janeiro, apesar desse crescimento "anêmico" nos países ocidentais. As maiores economias da América Latina e do Caribe registraram um alto volume de negócios nos últimos seis meses por causa da volatilidade dos mercados internacionais, o que também teve impacto no relatório de previsões mundiais do Fundo, que revisou em três oportunidades os índices da região nesse período.

Após uma pausa devido à aversão dos investidores ao risco, os capitais voltaram com força aos mercados latino-americanos, algo que pressiona a inflação e as taxas de câmbio, explicou o Fundo. Mas novamente, a região antecipou corretamente esses movimentos e essa política prudente "está gerando seus frutos", explicaram os especialistas do FMI. O Brasil crescerá 3% neste ano (sem mudanças em relação aos 3% de janeiro); o México, 3,6%; o Peru, 5,5%, a taxa mais alta da região. A Argentina crescerá 4,2%, calcula o Fundo, embora o relatório indique que os números oficiais do governo são alvo de controvérsia.

O Fundo pede que a Argentina aplique imediatamente as recomendações feitas no ano passado por seus especialistas para atualizar seu sistema de estatísticas, em matéria de Produto Interno Bruto (PIB) e inflação, e em setembro vence em teoria o prazo para que faça essa revisão. Os Estados Unidos crescerão 2,1%, a zona do euro entrará em recessão (0,3%), China 8,2%.

Os riscos de contágio do descontrole financeiro europeu persistem, e da Ásia vem o risco de uma estagnação da demanda de matérias primas, que tanto beneficia a região. Os problemas com os bancos europeus voltam a ser mencionados pelo Fundo como uma possível fonte de más notícias, principalmente na Espanha. Mas a entrada de capital próprio da região nas filiais bancárias permite seu autofinanciamento, o que ajuda a reduzir as preocupações neste momento.

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