Agência France-Presse
postado em 18/04/2012 11:55
Washington - Os problemas dos bancos da zona do euro e o endividamento que assumiram poderão custar até 1,4% do PIB da zona em 2012 e 2013, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quarta-feira (18/4).Em seu relatório semestral sobre a Estabilidade Financeira no mundo, o fundo fez três projeções sobre a evolução da crise financeira europeia. Em um deles, constatou um cenário de políticas sem alterações. O pior cenário é o qual as medidas anunciadas não são postas em prática. A melhor hipótese seria a qual os governos seguirão as recomendações da instituição.
Na primeira hipótese, os 58 maiores bancos da UE deverão reduzir seu balanço entre setembro de 2011 e final de 2013 em 2,6 trilhões de dólares (2 trilhões de euros), ou 7% de seus ativos atuais. Esse é o cenário considerado nas previsões econômicas do FMI, no qual as repercussões sobre a oferta de crédito na zona do euro equivalem a cerca de 1,7% do total atual" e no qual a atividade retrocederá 0,3% em 2012, crescendo 0,9% em 2013.
Já na pior das hipóteses, as medidas do governo contra a crise "não irão tão longe como o acordado, as políticas nacionais serão atenuadas, a solidariedade política que sustenta a zona do euro se despedaça e os conflitos fazem cair as barreiras de proteção", explicam os economistas do Fundo. Segundo eles, nesse caso, os balanços perderão 3,8 trilhões de dólares. "Esse retrocesso poderá reduzir a oferta de crédito da zona do euro em 4,4% e o PIB em 1,4%" com relação à previsão do final de 2013.
Contudo, segundo a melhor das hipóteses, a redução dos balanços estaria limitada a 2,2 trilhões de dólares, e o PIB incrementado em 0,6% no final de 2013 com relação à previsão central.