postado em 26/04/2012 07:19
Esperança do governo para mover o consumo e turbinar o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, o crédito ainda não deu sinais de reação forte. Dados do Banco Central divulgados ontem revelam que, em março, os empréstimos para as famílias cresceram muito pouco, apenas 0,6%. A capacidade de pagamento dos consumidores também não teve alívio expressivo. Na média, a inadimplência ; os atrasos de prestações acima de 90 dias ;, que vinha em ritmo crescente desde dezembro de 2010, parou de subir pela primeira vez, mas permanece em patamar alto, de 7,4%, depois de atingir 7,6% em janeiro e fevereiro.O alívio se deveu ao acerto das dívidas atrasadas por parte dos consumidores que têm empréstimos pessoais e financiamentos de bens, como eletroeletrônicos, viagens e móveis, entre outros. A inadimplência no primeiro caso caiu de 5,6% para 5,3%, abaixo dos níveis de novembro e de dezembro passado, quando estava em 5,5%. Nos financiamentos de bens, os atrasos superiores a 90 dias baixaram de 14% e 13,6% em janeiro e fevereiro para 13% em março. É a menor taxa desde maio do ano passado.