Ilha de Comandatuba (BA) ; O Brasil vai ter seu potencial de crescimento limitado a 3,5% ao ano caso não promova uma série de reformas na economia ; mudanças que, se não forem implementadas, representam, na ponta do lápis, um prejuízo de R$ 1,3 trilhão ao ano até 2022. Segundo um estudo elaborado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) apresentado no 11; Fórum de Comandatuba, na Bahia, se fazem urgentes alterações
tributárias e fiscais, além de uma redução no custo do crédito e uma melhora radical na qualidade do ensino. Com medidas nessas áreas, de acordo com o documento, o país teria capacidade de crescer a 6% ao ano sem gerar pressões inflacionárias.
Paulo Rabello de Castro, economista-chefe do Lide e responsável pelo estudo, explica que apenas com a redução na taxa básica de juros (Selic) e do custo do crédito no Brasil, o potencial de crescimento sobe para 4,2% ao ano. ;Com os juros elevados, os estados são agiotados pelo governo, que, por sua vez, é agiotado pelo mercado;, disse. ;A presidente Dilma faz bem em reduzir os juros no país, isso constitui uma verdadeira reforma financeira;, emendou. Ainda segundo ele, um realinhamento fiscal, tanto do ponto de vista de arrecadação como de gestão dos gastos públicos, daria ao país capacidade de se expandir a taxas anuais de 5,6% ao ano. Com uma reforma também no ensino, esse potencial subiria para 6% ao ano.
O jornalista viajou a convite do grupo Lide.