Agência France-Presse
postado em 30/04/2012 10:00
Bruxelas - A Comissão Europeia desmentiu nesta segunda-feira (30/4) que esteja preparando um Plano Marshall para estimular o crescimento da União Europeia (UE), o que implicaria em uma injeção de 200 bilhões de euros na economia da região, e afirmou que as cifras publicadas pelo jornal espanhol El País não possuem qualquer fundamento.O jornal espanhol El País mencionou no domingo uma espécie de Plano Marshall europeu que poderia injetar 200 bilhões de euros em investimentos públicas e privadas para projetos de infraestrutura, energias renováveis e tecnologia de ponta. Segundo o jornal, esta ideia inclui vários pontos que já foram discutidos há vários meses pelos europeus, como grandes empréstimos, um papel mais importante do Banco Europeu de Investimentos (BEI), a intervenção do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) ou uma quantidade de dinheiro gerida pela Comissão Europeia e garantida pelo orçamento comunitário.
Segundo a porta-voz da Comissão Europeia, Pia Ahrenkilde, Bruxelas considera a ampliação do Banco Europeu de Investimentos (BEI) para reativar o crescimento e a criação de eurobônus. Cada vez mais vozes pedem na Europa pela redução dos ajustes e pela priorização de crescimento, ante os dados catastróficos de recessão e desemprego que se acumulam nos países da zona do euro, principalmente na Espanha, quarta economia da União Monetária.
A Espanha confirmou oficialmente nesta segunda-feira que voltou a cair em recessão, abalando sua expectativa de recuperar a confiança dos mercados, inseguros principalmente com relação ao castigado setor bancário do país. Também nesta segunda-feira, a agência de classificação financeira Standard and Poor;s rebaixou as notas de nove bancos espanhóis, incluindo Santander e BBVA, assim como da Confederação de Caixas de Poupança (CECA), depois de uma redução de dois pontos da nota soberana da Espanha.
Os bancos afetados pela medida são: Santander, sua filial Banesto, BBVA, Banco Sabadell, Ibercaja, Kutxabank, Banca Civica, Bankinter e Barclays. Outros dois bancos do país, CaixaBank e Bankia, estão sob ameaça de rebaixamento. As notas do Santander e do BBVA, líderes do setor, foram reduzidas em dois escalões, a primeira de A%2b para A- e a segunda de A para BBB%2b.