Economia

Em discurso do Dia do Trabalho, Dilma cobra dos bancos juros mais baixos

postado em 30/04/2012 20:34
No pronunciamento transmitido em rede de rádio e televisão para comemorar ao Dia do Trabalho (1; de maio), a presidente Dilma Rousseff cobrou dos bancos privados mais esforços para reduzir as taxas de juros cobradas em empréstimos, cartões de crédito e no cheque especial. E aconselhou o brasileiro a procurar os bancos que ofereçam as taxas mais baixas.

;É inadmissível que o Brasil, que tem um dos sistemas financeiros mais sólidos e lucrativos, continue com um dos juros mais altos do mundo. Esses valores não podem continuar tão altos. O Brasil de hoje não justifica isso. Os bancos não podem continuar cobrando os mesmos juros para empresas e para o consumidor, enquanto a taxa básica Selic cai, a economia se mantém estável e a maioria esmagadora dos brasileiros honra com presteza e honestidade os seus compromissos;, disse Dilma no discurso veiculado esta noite (30/4).

Para a presidente, com a queda da taxa básica de juros e inflação estável, os bancos privados estão sem argumento para explicar a manutenção dos altos juros cobrados dos clientes. ;O setor financeiro, portanto, não tem como explicar essa lógica perversa aos brasileiros. A Selic baixa, a inflação permanece estável, mas os juros do cheque especial, das prestações ou do cartão de crédito não diminuem;.

Para pressionar os bancos privados, a presidente espera contar com a pressão dos próprios clientes, que podem estimular a competição entre os bancos. ;É bom, também que você consumidor, faça prevalecer os seus direitos escolhendo as empresas que lhe ofereçam melhores condições;, disse.

Dilma Rousseff espera que os bancos privados sigam os mesmos passos dos bancos públicos, que reduziram as taxas das linhas de crédito voltadas ao consumo e do cheque especial. ;A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil escolheram o caminho do bom exemplo e da saudável concorrência de mercado, provando que é possível baixar os juros cobrados dos seus clientes em empréstimos, cartões, cheque especial, inclusive no crédito consignado;.

De acordo com a presidente somente quando os juros nacionais chegarem ao patamar das taxas internacionais, a economia brasileira ;será plenamente competitiva;, saudável e moderna.

Para fortalecer a economia do país e estimular a abertura de vagas de trabalho, Dilma citou que, no governo dela, retirou impostos incidentes sobre a folha de pagamento, ;dando mais alívio ao empregador e mais segurança ao empregado;. E defendeu a necessidade de se investir em educação de qualidade "em todos os níveis" e, também, na qualificação e treinamento dos trabalhadores.

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