postado em 01/05/2012 15:59
Washington - O presidente do Banco Mundial (BM), Robert Zoellick, afirmou nesta terça-feira que será "muito difícil" para os países europeus e para os Estados Unidos obter êxito em suas reformas estruturais e de reembolso de suas dívidas públicas sem crescimento econômico."Atualmente, a situação na Europa depende do que acontecer com a Itália e a Espanha", declarou Zoellick à rede de televisão CNBC.
Estes dois países "estão instalando políticas para equilibrar seus orçamentos, assim como reformas estruturais, mas isso é muito difícil de ser feito em um contexto sem crescimento" econômico, disse Zoellick. "Esse é um dos desafios não só para Europa, mas sim também para os Estados Unidos", completou.
Sobre a situação da França, onde o socialista François Hollande parece ser favorito para o segundo turno da eleição presidencial de domingo, Zoellick disse que espera "uma espécie de acordo (europeu) para tentar completar certas estruturas de investimento que sustentem as reformas estruturais. "Mas o período que se anuncia é muito difícil", afirmou.
Hollande propõe uma renegociação do tratado europeu de disciplina orçamentária, com o objetivo de acrescentar algumas medidas que poderiam estimular o crescimento.
Na terça-feira, o candidato francês afirmou estar convencido de que os dirigentes europeus apoiarão sua política de crescimento caso ela saia vitorioso no domingo.