Economia

Poupança continua sendo o melhor investimento no Brasil, diz Mantega

postado em 04/05/2012 13:41
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira (4/5) que as cadernetas de poupança serão mantidas como ;o melhor investimento financeiro; no país para a grande maioria da população. Segundo ele, a certeza vale inclusive neste momento em que passam a vigorar as regras anunciadas ontem, que podem implicar perda de rentabilidade em comparação ao modelo anterior. ;O novo [investidor] também deve investir porque vale a pena;, sugeriu.

Mantega informou que existem cerca de 100 milhões de cadernetas de poupança no país. De acordo com ele, os poupadores atuais ;não devem fazer nada;, lembrando que há vantagens nesse tipo de aplicação, como a isenção no pagamento de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e a possibilidade de saque do dinheiro a qualquer momento, além de ;boa rentabilidade;.

O ministro acrescentou que o rendimento tende a ser igual ou até maior do que o obtido por meio dos fundos de renda fixa. Mantega faz palestra no seminário O Brasil 2020: Rumos da Economia, na capital paulista. Participam do encontro enconomistas como o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Porchmann, e o professor da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC) Luiz Gonzaga Belluzzo.

Ontem, ao anunciar as novas regras para a poupança, Mantega ressaltou que o correntista que aplicou até agora não será afetado pelas novas medidas de remuneração da caderneta. A alteração valerá apenas para os depósitos feitos e para as contas abertas a partir de hoje.

Até ontem, o critério de remuneração da poupança ; 6,17% ao ano mais variação da Taxa Referencial (TR) ; será substituído pela variação da TR mais 70% da Selic, quando a taxa básica de juros chegar a 8,5% ao ano ou menos. A Selic está fixada em 9% ao ano.

Pelas novas regras, quem tem uma caderneta de poupança terá o saldo corrigido de duas formas: pelo rendimento tradicional, para o dinheiro guardado até hoje e pela nova regra, para os futuros depósitos. Como a Selic ainda não está abaixo de 8,5% ao ano, por enquanto não haverá mudança alguma para os aplicadores.

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