Economia

Milhares de brasilienses buscam o sonho da casa própria no Feirão da Caixa

postado em 05/05/2012 16:09

Dezenas de milhares de brasilienses foram, na manhã deste sábado (5/5), ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães em busca do sonho de morar sob teto próprio ou do desejo de investir em um mercado promissor. Eles foram atraídos pelo Feirão da Casa Própria, organizado anualmente pela Caixa Econômica Federal, que recebe interessados até amanhã.

Neste ano, o evento é marcado pelo menor patamar histórico das taxas de juros no financiamento, pela oferta de 430 mil imóveis novos, usados e em construção e, ainda, pela facilidade e rapidez em conseguir o crédito além de simular prestações em até 30 anos na hora. Os imóveis negociados variam de R$ 75 mil a R$ 5 milhões.

Ao todo, 74 construtoras, 35 imobiliárias e 57 correspondentes da Caixa participam do feirão. Cerca de mil funcionários do banco trabalham nos três dias do evento em Brasília. A expectativa é que 5 mil negócios sejam fechados, somando cerca de R$ 1 bilhão.

A corretora Janaína Barros, da MGarzon Construtora, acredita em bons resultados do Feirão. "Desde março os negócios vêm se aquecendo, se afastando da acomodação verificada no ano passado, o primeiro de um novo governo", conta ela.

Ela conta que há inúmeras diferenças de perfis dos consumidores que garimpam oportunidades no evento. Os de mais alta renda miram descontos para fechar o pacote enquanto os de renda média e baixa observam as vantagens oferecidas pelo financiamento de longo prazo da Caixa. Há imóveis, por sua vez, cujo alvo são servidores públicos com altos salários. Como prova de ajuste das ofertas ao perfil da clientela, sua empresa, por exemplo, oferece na oferta uma viagem de oito dias em um cruzeiro marítimo.

Na sexta-feira, o presidente da Caixa, Jorge Hereda, afirmou que, com a queda da taxa básica de juros (Selic), o volume de recursos para financiamento de habitação deve aumentar. "Quando os juros chegarem a 7,5%, vai haver condição de financiar a habitação com recursos de tesouraria", disse. Na sua avaliação, os bancos podem resolver usar recursos próprios, e não só os da poupança, por exemplo, para investir no setor habitacional, que, com a queda dos juros, se tornaria uma alternativa atraente.

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