Economia

Governo vai ouvir bancos e insistirá em redução de taxas ao consumidor

Mas equipe econômica de Dilma Rousseff não abre mão de redução das taxas ao consumidor nem da portabilidade, que estuda aprimorar

Rosana Hessel
postado em 11/05/2012 08:00
O Palácio do Planalto vai continuar a insistir na queda das taxas de juros aos consumidores e também na portabilidade, mas está disposto a ouvir os bancos privados, ainda que as ;afrontas; patrocinadas pela entidade que representa o segmento, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), tenham acirrado os ânimos. O governo, inclusive, deve abrir as portas para negociação, ao menos para os executivos das instituições de maior porte, e olhar com mais atenção para a lista de exigências entregue ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, em abril. A presidente Dilma Rousseff pode ceder em alguns pontos, porém, apenas se tiver garantias sólidas de que a queda nos juros serão repassadas verdadeiramente aos consumidores, sobretudo no crédito imobiliário. A despeito da melhora na relação, ainda não houve nenhuma conversa sobre esses temas e o governo deve avançar, nos próximos dias, apenas em relação à regulamentação do cadastro positivo e o aperfeiçoamento da portabilidade.

Durante as negociações, os banqueiros pretendem pressionar a equipe econômica principalmente em relação aos depósitos compulsórios, recursos que as instituições financeiras são obrigadas a guardar no Banco Central para que não haja excesso de dinheiro em circulação e aumento da inflação. Eles querem que o percentual depositado nos cofres do BC seja menor que o atual ; até março esse montante somava R$ 407 bilhões. Os bancos devem pedir ainda uma redução dos encargos sobre os empréstimos e financiamentos. Segundo executivos dessas instituições, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) tem caráter regulador, uma redução daria um estímulo ao crédito e à economia.

Mas equipe econômica de Dilma Rousseff não abre mão de redução das taxas ao consumidor nem da portabilidade, que estuda aprimorar

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