postado em 21/05/2012 06:38
A indústria de brinquedos brasileira não tem mais o brilho que irradiava até os anos 1990. Do início artesanal marcado por bonecas de pano e carrinhos de madeira até a grande revolução do plástico e a febre dos eletrônicos, ela viveu fases de glória, mas entrou em declínio após a abertura do mercado realizada pelo ex-presidente Fernando Collor para produtos importados. O movimento, além de baratear o custo dos brinquedos, trouxe a China para a disputa direta pelos consumidores nacionais. Hoje, nada menos que 45% de um faturamento anual deR$ 3,4 bilhões do setor no Brasil vêm dos itens estrangeiros.
As fábricas nacionais não pararam, mas nenhum investimento tem sido suficiente para que avancem na mesma velocidade da entrada de importados. Dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) mostram que, entre 2006 e 2011, enquanto o faturamento das peças produzidas no país cresceu 106%, de R$ 856 milhões para R$ 1,76 bilhão, o dos importados aumentou 106,3%, de R$ 822 milhões para R$ 1,69 bilhão. A China é senhora quase absoluta: ela envia 87,66% do total de importações. A Indonésia fica em segundo lugar, com 2,13%, e a Malásia, em terceiro, com 2,50%.