Economia

Ministro da Fazenda reforça discurso para que BC reduza taxa de juros

postado em 22/05/2012 12:24
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reforçou nesta terça-feira (22/5) o discurso para que o Banco Central dê continuidade à redução da taxa básica de juros (Selic), hoje em 9% ao ano, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para a semana que vem. ;Estamos com redução da taxa desde agosto. Ela vem barateando os custos no país, mas não é o ideal;, afirmou, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Mantega ressaltou que, como os bancos privados ainda trabalham com spreads (diferença entre os custos de captação e os de empréstimo no sistema financeiro) altos, ainda há grande margem para que os gastos com financiamentos ao consumidor sejam reduzidom. ;Ele terá acesso a mais bens e a situação do seu orçamento doméstico será favorável;, disse. Ele também afirmou que as novas regras da poupança, anunciadas no último dia 3, contribuem para a meta de reduzir a Selic. ;Não podemos ter obstáculo para que as taxas continuem caindo;, afirmou.

Cenário para redução

Depois de uma série de reuniões com parlamentares, sindicalistas e empresários dos setores produtivo e financeiro, a presidente Dilma Rousseff assumiu o ônus político e criou condições para que o Banco Central continue reduzindo a taxa básica de juros (Selic), hoje em 9% ao ano. Para depósitos e contas abertas desde o dia 4, a rentabilidade da mais tradicional modalidade de investimento do país, a poupança, ficou em 70% da Selic mais a variação da Taxa Referencial (TR). A nova regra só vale caso os juros atinjam o patamar de 8,5% ao ano, ou abaixo disso, o que deve ocorrer na semana que vem.

[SAIBAMAIS]Para os depósitos feitos até o dia 3, permanecem as velhas regras, de remuneração fixa de 0,5% ao mês, o que perfaz 6,17% ao ano mais a variação da TR, atualmente em 0,02%. O investimento também é isento de Imposto de Renda. As medidas foram necessárias porque, a partir do momento em que a taxa de juros é reduzida, o rendimento das aplicações de renda fixa também cai. A preocupação do governo é de que haja uma fuga de recursos de investimentos nos títulos do governo que financiam a dívida pública para o investimento tradicional. ;O Tesouro coloca títulos para rolar a dívida (pública). Ele teria de elevar taxas de juros para captar. Esse movimento seria prejudicial a toda a economia brasileira;, afirmou.

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