Economia

Primeiro-ministro da Irlanda confia na aprovação do pacto fiscal europeu

Agência France-Presse
postado em 01/06/2012 09:11
Dublin - O primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, manifestou nesta sexta-feira (1;/6) a sua confiança em uma vitória do ;Sim; no referendo sobre o pacto europeu de estabilidade fiscal realizado na véspera, pouco depois do começo da contagem dos votos.

"Claramente, a tendência aqui é fortemente a favor do ;Sim;... Vamos esperar para ver quais são as tendências no restante do país", disse Kenny à rádio-televisão irlandesa RTÉ do centro de apuração de votos de sua circunscrição em Mayo (oeste). Uma aprovação do pacto, destinado a melhorar a estabilidade das finanças da zona do euro, evitará uma nova dor de cabeça para a União Europeia (UE) e dará à Irlanda acesso ao novo Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE) que entrará em vigor, caso precise de um novo resgate.

Como é habitual na república irlandesa, a contagem começou no dia seguinte à votação às 9h locais (5h de Brasília). Os primeiros dados serão divulgados por volta do meio-dia, embora seja preciso esperar pelos resultados finais, que serão anunciados à tarde. Uma autoridade do governo, tendo como base uma pesquisa de boca de urna com um "grande" número de pessoas, que o ;Sim; vencerá com 60% dos votos. "Estamos convencidos de que haverá uma cômoda margem em favor do ;Sim;", acrescentou esta fonte, que pediu para não ser identificada. Embora as sondagens anteriores à votação também dessem a vitória ao "Sim", o grande número de indecisos e a baixa participação projetavam dúvidas sobre o resultado final.

[SAIBAMAIS]Os irlandeses rejeitaram nos últimos anos dois tratados europeus (o de Nice, em 2001, e o de Lisboa, em 2008), antes de aprová-los meses depois em outra consulta popular. A Irlanda é o único país da União Europeia (UE) que organizou uma consulta popular sobre o novo pacto de disciplina fiscal assinado em março por todos os Estados membros da UE, à exceção do Reino Unido e da República Tcheca, e que deve ser ratificado por 12 países para entrar em vigor.

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