Economia

Espanha pede que Europa apoie países em dificuldades financeiras

Agência France-Presse
postado em 05/06/2012 14:15
Rajoy defende que o fundo de resgate europeu possa recapitalizar diretamente os bancos espanhóis
Madri - O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmou nesta terça-feira (6/5) que a Europa precisa apoiar os países em dificuldades, em um momento no qual seu país atravessa fortes tensões nos mercados, o que dificulta seu financiamento.



"A Europa precisa dizer para onde vai para ter unidade, precisa dizer que o euro é um projeto irreversível e que não está em jogo", disse Rajoy ante o Senado, destacando que o problema "mais urgente" da Espanha é o "problema de financiamento". Segundo Rajoy, o país precisa de uma maior integração fiscal, uma união bancária com o eurobônus, com um supervisor bancário, e um fundo de garantia de depósitos europeus. "Isso é o que defendo ante o Conselho Europeu", disse.

Madri defende que o fundo de resgate europeu, o futuro MEE, possa recapitalizar diretamente os bancos espanhóis: esta ajuda pontual estaria longe de um plano de resgate, que põe os países sob tutela de instituições internacionais. Para que se realize a união bancária, a Espanha está inclusive disposta a ceder mais "soberania, em particular, no âmbito fiscal", afirmou no sábado passado Rajoy, defendendo uma autoridade fiscal europeia que levaria a um controle centralizado das finanças.

"O problema mais urgente do país é o problema do financiamento, da liquidez e da sustentabilidade da dívida pública", reconheceu o presidente nesta terça-feira, em um momento no qual a Espanha está no foco dos mercados devido aos temores de que o país não possa assumir suas obrigações financeiras e tenha que pedir ajuda externa.

"A dívida externa da Espanha é de 92,2% do PIB. Devemos fora da Espanha quase um bilhão de euros", disse Rajoy, recordando que "este dinheiro tem que ser devolvido". Segundo o líder espanhol, seu país está em uma situação de extrema dificuldade, mas isso não depende apenas da Espanha. "É preciso fazer reformas em nível europeu", afirmou.

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