Agência France-Presse
postado em 11/06/2012 12:47
Madri - A ajuda à Espanha para recapitalizar seus bancos terá "evidentemente condições", afirmou nesta segunda-feira (11/6) o vice-presidente da Comissão Europeia, o espanhol Joaquín Almunia, em referência a uma ;troika; que vigie o bom uso dos fundos."O FMI estará interado de tudo o que acontecer a partir de agora. E também estará na troika (formada por União Europeia, Banco Central Europeu e FMI)", disse Almunia, antes de afirmar: "eles virão aqui comprovar que está sendo bem utilizado o dinheiro dos cidadãos, tanto dos europeus como dos espanhóis". Pouco antes, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Sch;uble, afirmou que a troika se limitaria a supervisionar a reestruturação do setor bancário espanhol.
[SAIBAMAIS]"Os Estados membros são os que colocam o dinheiro e todo empréstimo tem obrigações e compromissos por parte de quem o recebe", disse Almunia em declarações à rádio espanhola Cadena Ser. Segundo Almunia, a Espanha será observada de perto, mas a CE está certa de que o país atuará de forma honesta e responsável. "Quem dá dinheiro nunca o dá de graça, quer saber o que se faz com ele", afirmou.
Após negar a ajuda financeira por semanas, a Espanha se resignou a aceitá-la neste sábado, mas especificamente para seus bancos - debilitados pelo estouro da bolha imobiliária de 2008. A Eurozona disse estar disposta a emprestar até 100 bilhões de euros ao setor financeiro espanhol.
O governo espanhol deverá oficializar o montante a ser emprestado nos próximos dias, após receber os relatórios das auditoras Roland Berger (alemã) e Oliver Wyman (norte-americana). A ajuda será injetada no Fundo público espanhol de Reestruturação Ordenada Bancária (FROB), que será o encarregado de repassá-la às entidades que a necesitem.