Economia

Dilma critica teses contrárias ao consumo e nega endividamento das famílias

postado em 12/06/2012 16:03
A presidente Dilma Rousseff criticou nesta terça-feira (12/6) as teses contrárias ao estímulo de consumo no país, estratégia que vem sendo adotada pelo governo, por meio de medidas de expansão de crédito, como alternativa para evitar o agravamento dos efeitos da crise financeira internacional no Brasil.

Segundo afirmou a presidente, esse crescimento nos gastos significa inclusão social. Dilma também negou que haja nível elevado de endividamento das famílias.



A iniciativa, no entanto, tem recebido crítica de analistas. Eles apontam que o estímulo ao consumo traz como efeito colateral o elevado índice de endividamento das famílias. Segundo Dilma, o Brasil não tem um nível elevado de endividamento das famílias quando comparado com os padrões internacionais.

;Não concordo com a história de que não é preciso estimular o consumo. Acho que o estímulo ao consumo vai da característica intrínseca do nosso modelo que é de desenvolvimento com inclusão social;, afirmou a presidente, ao discursar em cerimônia em Belo Horizonte.

[SAIBAMAIS]Para Dilma, ;estranho seria se o modelo que tem de levar 16 milhões de brasileiros a ter um padrão mínimo de consumo e de renda não quisesse a ampliação do consumo;. E completou: ;não temos um nível elevado de endividamento das famílias. É só pegar os padrões internacionais de endividamento e olhá-los;.

Dilma disse que o governo não está fazendo uma política de gasto fácil no Brasil, mas sim perseguindo o investimento. Ela defendeu os investimentos públicos para alavancar o crescimento. ;Sabemos que o investimento privado é pró-cíclico, é mais factível de ser influenciado por uma conjuntura de insegurança; o estado é menos pró-cíclico;.

Dilma insistiu também que ;desamarrar o nó; da tríade câmbio, juros e impostos é fundamental para alterar as condições de investimento no Brasil e viabilizar também o investimento do setor público.

Sobre a capacidade de o país enfrentar os efeitos da crise internacional, a presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil tem ;força interna; para superá-la. ;Estamos muito bem fincados nos nossos próprios pés. Temos política econômica consistente. Não temos uma visão que acha que o ajuste pode levar a que 54% da população de jovens de um país fique sem emprego;, disse.

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