Nagoya (Japão) ; Os japoneses têm um talismã chamado Daruma, um bonequinho que retrata bem o país: ele pode até balançar, ou mesmo ser derrubado, como um joão-bobo nosso, mas ;levanta oito das sete vezes que cai;. É um sinal de perserverança ; lembrem que, há um ano, o Japão sofreu terremoto e tsunami sem precedentes, numa tragédia que provocou danos incomensuráveis. Mas a vida segue. Em casos semelhantes, o povo de cultura milenar costuma usar o Daruma, pintando um dos olhos dele com caneta preta: nesse instante, fazem um pedido; quando esse for realizado, pintam o outro olho. No geral, parece que o amuleto tem funcionado. Afinal, o Produto Interno Bruto voltou a crescer, a taxa atual de desemprego mantém-se estável e a indústria automotiva retoma a pujança. E é nela, por sinal, que surge um importante nicho para o Brasil.
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Em setembro, o primeiro olho de um Daruma será ;pintado;, quando desembarcar por aqui o Etios, da Toyota. Ele será automóvel compacto inédito que a montadora (em atividade por aqui desde 1959) fabricará para conquistar os brasileiros. E ela pretende abocanhar fatia de um segmento responsável por 62% dos quase 4 milhões de veículos montados no país. O Etios chega em duas versões de motor e carroceria: hatch, de propulsores 1.3 e 1.5, e sedã 1.5. Faltam definir potência, configurações de acabamento e principalmente o preço. O consumidor brasileiro tem várias opções fortes ,como os VW Gol e Voyage; os Fiat Palio e Siena; os Nissan March e Versa; o Hyundai HB, os Renault Logan e Sandero e por aí vai. Daruma san (senhor) garantirá o sucesso do carro num ambiente tão disputado? Guenquidê né, ou boa sorte, para a empresa.