Economia

Lotes de telefonia 4G não leiloados poderão ter preço mínimo reduzido

postado em 14/06/2012 12:58
Os cerca de 220 lotes de faixa de frequência para a tecnologia de quarta geração (4G) da telefonia móvel que não despertaram o interesse na licitação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), feita nos dias 12 e 13, serão novamente leiloados, provavelmente até o final do ano ou o início de 2013. Para tornar o negócio mais atraente, especialmente para empresas de menor porte, uma das possibilidades que estão sendo estudadas pelo governo é a redução do preço mínimo de cada lote.

[SAIBAMAIS];Começamos a conversar sobre isso. Temos um leilão de 3,5 giga-hertz (GHz) que tinha sido adiado, mas que retornará à discussão. Já foi aventada a possibilidade de fazermos [esse leilão] junto com os lotes de 2,5 GHz remanescentes. Certamente teremos de conversar com o TCU [Tribunal de Contas da União], porque talvez o preço mínimo tenha sido colocado em um patamar que, para pequenas empresas, tenha ficado inviável;, disse nesta quinta-feira (14/6) o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Segundo ele, o tribunal costuma autorizar reduções nos preços mínimos quando há lotes remanescentes de leilões. ;Dessa forma, poderemos ter mais empresas interessadas. Vamos ter de fazer isso, mas é coisa para ser resolvida em seis ou oito meses;, acrescentou o ministro.



Dos 273 lotes oferecidos durante o leilão destinado à telefonia móvel 4G, apenas 54 foram arrematados. Dos quais, quatro têm abrangência nacional e 50 regional. Foram arrecadados R$ 2,93 milhões, valor abaixo da expectativa da Anatel, que era de R$ 3,85 bilhões.

Apesar disso, o ministro Paulo Bernardo disse estar "muito satisfeito" com o resultado. ;Não é uma questão de olhar apenas quanto entrou no caixa. Estamos no meio de uma crise mundial, mas tivemos uma empresa de capital majoritário espanhol [Vivo], que comprou um lote por R$ 1.050 bilhão, com obrigações de fazer também a internet rural. Isso mostra que o Brasil é visto como um país onde vale a pena investir;, disse Paulo Bernardo.

;Ficamos bem contentes porque os lotes principais foram vendidos. Vamos agora ter pelo menos cinco competidores oferecendo 4G em todas as grande cidades do Brasil. Isso é expressivo porque em poucos lugares do mundo há tantos competidores;, argumentou.

Segundo ele, praticamente metade dos municípios brasileiros será beneficiada de alguma forma. ;Quem comprou o 4G ganhou a obrigação de fazê-lo nos prazos e lugares determinados e também fazer expansão do 3G [terceira geração] nas cidades onde ainda não existe o serviço, o que corresponde a aproximadamente 50% dos municípios e 20% da população. Os vencedores [desses lotes] também terão de implantar a internet rural. Com isso, queremos chegar a 70% das residências com internet em 2014.;

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