Economia

Preço de coberturas de seguro na China aumenta mais de 40 vezes desde 2003

Vera Batista
postado em 20/06/2012 17:07
O mercado segurador da China passou por profundas mudanças nos últimos 20 anos. Em 1991, havia apenas cinco seguradoras. Após a abertura do mercado, em 2003, passaram a ser 134. Destas, 55 são estrangeiras e cinco são resseguradoras. Os preços dos seguros cresceram mais de 40 vezes, no período, de 36,8 bilhões de yuan para 1,4 trilhão de yuan. Os ativos totais saltaram de 3,37 bilhão de yuan para mais de 50 bilhões de yuan. Os dados foram divulgados por Yanli Zhou, vice-presidente da Insurance Industry in China (órgão público regulador do mercado chinês), no 48; Seminário Anual da International Insurance Society (IIS). Depois da arrumação da casa, concorrência no país asiático ficou acirrada. No primeiro trimestre de 2012, as seguradoras tinham 66% do mercado, enquanto a estatal tinha apenas 34%.

Com a entrada das empresas estrangeira na China, foi, então, adotado o sistema de venda por meio de agência. "Passamos a ter o seguro agrícola e o de saúde", ressaltou Yanil Zhou. As expectativas são de que esse mercado aumente muito mais tendo em vista o estágio de desenvolvimento da China. Zhou destacou que, em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas no país), per capta (por cidadão), era de US$ 5,4 mil e que a classe média continuará se expandindo. Além disso, a taxa de urbanização agora é de 51,2%, nas cidades - pela primeira vez, a população urbana superou a rural - e deve crescer a pelo menos 80% até 2030, bem acima da média global de7,5%. "Excelente oportunidade para o seguro saúde", disse.

[SAIBAMAIS]Apesar do progresso e do crescimento robusto do PIB, que só em 2011 teve incremento do 9,2%, Zhou, admitiu que muitas seguradoras hesitam a entrar na China, pelas dificuldade políticas, grandes dimensões territoriais, diferença s culturais e vários dialetos - dificulta a comunicação. Zhou, no entanto, garante que a China quer manter um canal de comunicação aberto com o mundo e que o país está especialmente focado no microsseguro, que passa por uma reestruturação. "Mais importante são os serviços que podemos prestar à população de menor renda", ressaltou. E para tal, o país vai investir em treinamento e especialização. "Nosso setor é baseado em pessoas. Com as pessoas certas, se tem muito mais lucro. Queremos qualificação dos executivos seniores. Ter pessoas bem treinadas é mais importante que outros quesitos. Com profissionais certos, conseguiremos desenvolver aptidões e fazer boa gestão", destacou.

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