postado em 28/06/2012 10:40
A economia global deve ter baixo crescimento ;por um período de tempo prolongado;, segundo análise do Banco Central (BC) divulgada nesta quinta-feira (28/6) no Relatório de Inflação.;Neste momento, permanecem limitados os riscos para a trajetória da inflação e, até agora, dada a fragilidade da economia global, a contribuição do setor externo tem sido desinflacionária;, avalia o BC.
O Banco Central cita ;o aprofundamento da crise europeia, a desaceleração na China e os temores quanto à sustentabilidade da recuperação da economia dos Estados Unidos da América;.
Segundo o BC, no Brasil, ;embora a recuperação venha se materializando de forma bastante gradual;, a atividade tende a ter uma aceleração nos próximos trimestres.
[SAIBAMAIS] O relatório acrescenta que os efeitos da crise econômica externa somados à moderação da atividade econômica no Brasil foram maiores do que se antecipava. Segundo o BC, os efeitos da crise externa no país são transmitidos pela piora na confiança dos empresários, redução dos fluxos de comércio exterior e dos investimentos.
Por outro lado, o relatório destaca que a atividade econômica será favorecida pelas transferências de recursos públicos, pelo ;vigor; do mercado de trabalho, com taxas de desemprego ;historicamente baixas; e crescimento dos salários. O BC também avalia que as reduções da taxa básica de juros, a Selic, desde agosto do ano passado, ainda irão gerar efeitos de estímulos à economia. ;As ações de política monetária levam certo tempo para afetar atividade [e a inflação], e os impactos de uma sequência de ações vão se sobrepondo no tempo;, diz.
No relatório, o Banco Central reforça que ;mesmo considerando que a recuperação da atividade vem ocorrendo mais lentamente do que se antecipava, o Copom [Comitê de Política Monetária] entende que, dados os efeitos cumulativos e defasados das ações de política implementadas até o momento, qualquer movimento de flexibilização monetária adicional [redução da Selic] deve ser conduzido com parcimônia;.