Economia

Postos de combustíveis desafiam o governo e aumentam o preço da gasolina

Litro do combustível passou de R$ 2,29 para R$ 2,85, apesar das promessas do Ministério da Fazenda de que não haveria reajuste nas bombas. Receita Federal abriu mão de R$ 420 milhões em tributos para segurar os preços

postado em 30/06/2012 07:30
Placas mostram elevação dos valores do derivado de petróleo uma semana depois de ser autorizado o aumento de 7,83% nas refinarias. Donos de carros reclamam de abusos
As promessas do governo de que a alta dos combustíveis não chegaria ao bolso do consumidor ficaram na retórica. Em todos os postos percorridos pela reportagem do Correio ao longo da semana, no Distrito Federal, o preço da gasolina foi fixado em R$ 2,84 ou R$ 2,85. O patamar é muito superior ao verificado até segunda-feira, dia em que foi publicada no Diário Oficial da União a portaria do Ministério da Fazenda que autorizou o aumento. Os consumidores começam a pensar duas vezes antes de decidir encher o tanque.

Para ;neutralizar; o efeito do reajuste de 7,83% na gasolina que a Petrobras repassou às refinarias no início da semana, o governo levou a zero a alíquota da Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico (Cide), imposto que incidia sobre os combustíveis. A medida terá um custo para os cofres públicos ; entre janeiro e maio de 2012, a Receita Federal arrecadou R$ 2,1 bilhões por meio da Cide, ou R$ 420 milhões por mês ;, mas justificou-se como necessária para que o aumento não chegasse à bomba. ;Dessa forma, os preços, com impostos, cobrados das distribuidoras e pagos pelos consumidores não terão aumento;, assegurou o Ministério da Fazenda, ao anunciar a medida na semana passada.

Litro do combustível passou de R$ 2,29 para R$ 2,85, apesar das promessas do Ministério da Fazenda de que não haveria reajuste nas bombas. Receita Federal abriu mão de R$ 420 milhões em tributos para segurar os preços

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