Economia

Presidente da aérea Delta diz que Brasil é um dos cinco principais mercados

Em evento comemorativo de seus 15 anos no Brasil, linha aérea norte-americana divulga dados de expansão no mercado nacional

postado em 02/07/2012 18:19
São Paulo (SP) - A companhia aérea norte-americana Delta anunciou crescimento de 56% e aumento do número de pasageiros em 62% nos últimos cinco anos. Os dados foram divulgados na última terça-feira (26/06), em um evento comemorativo dos 15 anos de operação da empresa no Brasil. A expansão também resultou em empregos: desde o início de 2012, a linha contratou 90 funcionários, aumentando em 115% sua força de trabalho em relação ao mesmo período do ano passado.

Além da expansão no Brasil, os executivos da Delta ressaltaram os investimentos de US$ 100 milhões realizados na Gol. As duas empresas firmaram parceria em dezembro do ano passado, o que garantiu a companhia norte-americana presença em 40% do mercado nacional, com acesso a 21 cidades.

Entretanto, não há previsão de novos investimentos na linha aérea brasileira, que está passando por uma reestruturação após prejuízo de cerca de R$ 600 milhões em 2011. ;Sabíamos dos problemas da empresa quando fizemos a aliança"; , afirmou o presidente da Delta, Edward Bastian, também ressaltando que o investimento é estratégico, visando resultados a longo prazo. Segundo o executivo, o Brasil é um dos cinco mercados mais importante para a empresa.



De janeiro a maio, houve um aumento de 28% no número de passageiros da Gol em conexão aos voos da Delta, e um crescimento de 38% do número de passageiros da Delta voando com a Gol, de acordo com os dados da companhia aérea.

Voos
Atualmente, a Delta oferece 35 voos semanais diretos de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro - quando chegou ao pais, a companhia operava apenas no trecho diário São Paulo-Atlanta. Apesar do crescimento, a companhia não anunciou novas frequências. "Estamos focados em criar um produto de acesso mais fácil e sem interrupções para nossos clientes", justificou Nicolas Ferri, vice-presidente da Delta para a América Latina e Caribe. O executivo também alegou que a abertura de novos voos depende da liberação do governo e, subsequentemente, da expansão dos aeroportos brasileiros.

Os executivos da Delta também descartaram a aquisição de uma companhia brasileira, mesmo com o aumento da concorrência, em especial com a criação da Latam, resultante da fusão entre Tam e Lan, que deve se tornar a maior companhia aérea da América Latina. ;Nossa oportunidade em trabalhar com a Gol é uma resposta à essa fusão. Sabiamos que precisavamos de um parceiro local de grande porte para nos ajudar no tráfego, mas não precisamos ser proprietários", alegou Bastian.

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