Jornal Correio Braziliense

Economia

Peugeot Citroën suprime 8 mil empregos na França e desata ira sindical



Muito afetado pela queda do mercado de automóveis na Europa, o grupo também reduzirá seus efetivos fora das cadeias de produção. O anúncio era antecipado com apreensão pelo governo socialista do presidente François Hollande, que enfrenta desde o início de seu mandato, em maio, uma onda de reestruturações e demissões devido à crise.

O fim da produção em Aulnay é o primeiro em uma fábrica de automóveis na França desde o anúncio da Renault em Boulogne-Billancourt (periferia de Paris), em 1992, e significa o fim da indústria automobilística na capital francesa, que teve seu auge no início do século XX.

O governo socialista acusa o ex-presidente de direita, Nicolas Sarkozy, vencido por François Hollande na eleição presidencial de 6 de maio, de ter pedido às empresas que atrasassem seus planos de demissões durante a campanha eleitoral. "Sarkozy atrasou problemas ao invés de buscar soluções", afirmou o ministro do Trabalho, Michel Sapin. O primeiro-ministro pediu ao PSA que empreenda um acordo leal com os sindicatos para estudar "todas as alternativas".

Um plano de ajuda ao setor automobilístico deve ser anunciado em 25 de julho pelo ministro da Recuperação Produtiva, que na quarta-feira (11/7) havia declarado que temia "uma comoção de âmbito nacional".