postado em 19/07/2012 19:10
A greve nacional dos servidores federais completa três semanas sem previsão de encerramento ou acordo com o governo. Nesse período, muitos pacientes não estão sendo atendidos e o agendamento de novas consultas está impedido em diversos hospitais. Muitos ambulatórios permanecem fechados e, na maioria das unidades, somente procedimentos e cirurgias emergenciais vêm sendo realizados.O Ministério da Saúde, que coordena seis hospitais federais no Rio de Janeiro, informou em nota que em três unidades o atendimento ocorre normalmente: nos hospitais federais do Andaraí, Bonsucesso e Servidores do Estado.
Segundo o ministério, no Hospital Federal da Lagoa, na zona sul do Rio, estão sendo priorizadas as cirurgias mais graves, enquanto os procedimentos de menor complexidade são remarcados. Já os exames laboratoriais e as consultas agendadas estão ocorrendo, da mesma forma que a marcação de novas consultas e demais serviços.
De acordo com a assessoria do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), em Laranjeiras, na zona sul, praticamente toda a unidade está funcionando, mas parte do ambulatório está parada e foram canceladas as consultas de rotina. Estão sendo atendidas as consultas agendadas consideradas emergenciais. A marcação continua, porém, para datas futuras. As cirurgias agendadas estão ocorrendo normalmente.
Nesta quarta-feira (19/7), foi feita uma manifestação dos servidores federais em frente ao INC. A diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado do Rio de Janeiro (Sindisprev/ RJ), Lúcia Pádua, disse que os manifestantes fecharam completamente a pista em frente à unidade. Segundo a diretora, o bloqueio da via se deu porque a Polícia Militar fez uso de violência e truculência contra os manifestantes, utilizando gás de pimenta.
Segundo o comando do Batalhão de Choque da Polícia Militar, a manifestação foi pacífica e não houve necessidade do uso de spray de pimenta ou qualquer outro recurso policial.
[SAIBAMAIS]No Hospital Cardoso Fontes, na zona oeste, os atendimentos em oncologia, odontologia, hemodiálise, endoscopias, cirurgia geral, cirurgia do tórax, urologia, ginecologia, terapia intensiva e áreas de apoio (laboratório, imagem e farmácia) continuam ocorrendo. Porém, foram interrompidos o serviço de alguns ambulatórios, enquanto os atendimentos de emergência estão sendo realizados de acordo com a classificação de risco.
Já no Hospital Federal de Ipanema, também na zona sul da capital fluminense, estão sendo atendidos somente os pacientes agendados. A marcação de novas consultas continua interrompida. Apenas as cirurgias complexas e os casos de maior gravidade vêm sendo realizados.