postado em 21/07/2012 08:16
A proposta do governo de transferir para os ministérios as negociações com os servidores, hoje centralizadas no Planejamento, é vista com ressalva pelos líderes sindicais. O temor é de que, ao pulverizar as conversas, o Palácio do Planalto desmobilize a categoria, enfraqueça o movimento grevista e provoque competição entre o funcionalismo por aumentos maiores. Quanto ao parcelamento do reajuste em três anos, conforme indicou o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, ao presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, não há objeção, desde que o índice de correção dos salários fique acima da inflação.Se o governo optar, de fato, pela descentralização, cada ministério deve receber as lideranças competentes das categorias que estão de braços cruzados ; são mais de 350 mil trabalhadores. Ma a diretora do Comando Nacional da Greve dos Servidores Públicos Federais, Geralda Vítor, não esconde a preocupação. ;Haverá uma dispersão dos trabalhadores e o processo de unificar as paralisações perderá o sentido;, afirmou. Ela destacou que a classe sindical deve permanecer unida. ;Não podemos desmontar tudo que já construímos até agora. O governo quer nos enfraquecer e nós não vamos deixar;, garantiu.