postado em 23/07/2012 18:47
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta segunda-feira (23/7) que o governo não tem intenção de demonizar nenhuma operadora de telefonia nem tratá-las como vilãs, ao proibir a habilitação de novas linhas de celulares. ;São empresas importantes, no ano passado investiram R$ 20 bilhões no país. Mas a empresa tem que manter uma relação boa com os consumidores, que é quem paga a conta. Se as reclamações começam a crescer, temos que olhar para isso;.Paulo Bernardo garantiu que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai decidir por critérios técnicos sobre a liberação da venda, que está condicionada à apresentação de um plano de melhorias dos serviços. Segundo ele, o ministério não vai pressionar a agência reguladora para tomar uma decisão rápida. Ele considera um prazo de 15 dias razoável para que o problema seja resolvido.
O ministro disse que a presidenta Dilma Rousseff considerou a medida da Anatel acertada, e cobrou compromisso de melhoria das empresas. Cliente da operadora TIM, que teve o maior número de suspensões pela Anatel, Paulo Bernardo disse que ele mesmo enfrenta dificuldades com a rede 3G da operadora. ;Na última sexta-feira [20], fiquei todo o dia sem sinal;, declarou.
A proibição de comercialização de linhas de telefonia celular e internet em 19 estados para a operadora TIM, cinco estados para a Oi e três para a Claro começou a valer a partir de hoje.[SAIBAMAIS]
A Justiça não acatou o pedido da TIM contra a decisão da Anatel. Para o ministro, recorrer à Justiça é um direito da empresa, mas isso não vai impedir o diálogo. ;A empresa vai ter que fazer propostas e atender às exigências da Anatel, se não eles vão ficar suspensos;.
Na tarde de hoje, o presidente da Claro, Carlos Zenteno, levou ao ministro o plano de melhoria dos serviços da operadora, que foi apresentado pela manhã à Anatel. Segundo Zenteno, os detalhamentos solicitados pela agência deverão ser apresentados amanhã (24).