Rosana Hessel
postado em 27/07/2012 07:52
Um milhão de estudantes das 59 universidades públicas federais em greve já começam a sentir na pele os prejuízos da interrupção das atividades acadêmicas. Ainda que consigam concluir o semestre letivo, correm o risco de ficar sem condições de renovar as matrículas, caso o governo federal não negocie com os técnicos administrativos, que também estão de braços cruzados. Somente na Universidade de Brasília (UnB), cerca de 30 mil estão sem aula. Trinta e três por cento das entidades de ensino já anunciaram que adiarão o calendário de matrículas. Os aprovados no último vestibular ou na edição 2011 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) também devem ser afetados.
Durante manifestação feita ontem, em frente ao Ministério da Educação (MEC), os técnicos das universidades ainda ameaçaram impedir que os vestibulares do segundo semestre de 2012 e do primeiro de 2013, além das provas do Programa de Avaliação Seriada (PAS), aconteçam. ;O governo precisa entender que o dinheiro aplicado na educação não é um gasto, mas, sim, um investimento;, destacou Paulo Henrique Santos, coordenador-geral da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra). Se atendidas, as reivindicações salariais da categoria gerariam no orçamento um impacto de R$ 10 bilhões, segundo o Ministério do Planejamento.