postado em 31/07/2012 10:05
Diante do aprofundamento da crise financeira global e do baixo crescimento registrado no Brasil nos primeiros meses do ano, o Governo Federal teve o resultado mais fraco do superávit primário em junho. O saldo entre as despesas e as receitas medidas pelo governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) somou em junho R$ 1,3 bilhão, contra R$ 1,8 bilhão registrado em maio. Este dinheiro é usado pelo governo para pagar juros da dívida pública, o que é visto pelo mercado como um bom indicador de solvência das contas públicas de um país. No primeiro semestre, essa cifra está em R$ 48,1 bilhões, ante R$ 56 bilhões registrados nos seis primeiros meses de 2011. O número representa uma queda de 14,1% nesta base de comparação. Com o resultado, a economia para juros da dívida também caiu como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezas geradas no país, de 2,79% em 2011, para 2,24% este ano. O resultado fraco de junho se deve a uma geração de receitas mais tímida do que as despesas registradas no sexto mês do ano.
Em junho, a receita total do governo central somou R$ 80 bilhões, contra R$ 81,6 bilhões registrado em maio. Ao mesmo tempo, as despesas totais subiram para R$ 65,3 bilhões no sexto mês do ano, contra 61,7 bilhões conferidos em maio. Comparativamente, o resultado das receitas caiu 1,5% no confronto entre os dois meses, ao passo que as despesas subiram 5,8% no mesmo período.